Varizes são veias tortuosas e dilatadas que são visíveis nos membros inferiores.
Elas podem ser classificadas em primárias ou secundárias. As primárias são as varizes que não possuem causa para seu surgimento, com fatores de risco principais o histórico familiar, o sexo feminino, a idade avançada, a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, a hormonioterapia, a gravidez, os vícios de posição, entre outros. As secundárias possuem causa definida, como Síndrome pós-trombótica, Síndrome de May-Thurner, Síndrome Klippel-Trenaunay, entre outras.
Os sintomas associados à varizes são aqueles que são atribuídos à “insuficiência venosa crônica”, ou seja, sintomas que surgem devido a uma incompetência da circulação das veias de manter a drenagem saguínea das pernas. Desta forma gera sintomas como peso, cansaço, coceira e queimação, normalmente ao final do dia e que melhoram com a elevação das pernas acima do nível do coração. Esses sintomas podem ou não estar acompanhados de inchaço das pernas.
O diagnóstico, apesar de normalmente “saltar aos olhos” do paciente, deve ser feito pelo cirurgião vascular, que idenficará fatores causais e a melhor forma de tratar cada paciente. Dentre os tratamentos incluem: controle do peso, atividade física regular, uso de meias elásticas, medicações e procedimentos cirúrgicos ou não.
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A trombose venosa profunda (TVP) é uma doença em que ocorre o entupimento das veias profundas (aquelas que se localizam entre os músculos) por coágulos em qualquer local do corpo, sendo muito mais comuns acontecerem nas pernas.
A causa dessa doença é multifatorial, ou seja, possui como característica a necessidade de um acúmulo de fatores que levam ao seu surgimento que são: estado de hipercoagulabilidade, estase venosa e lesão endotelial.
Estamos em estado de hipercoagulabilidade (capacidade aumentada do sangue de formar coágulos) em doenças genéticas, no pós operatório de cirurgias grandes, durante tratamento de câncer, infecções graves, etc.
Estase venosa (sangue com fluxo lento ou até mesmo parado dentro da veia) acontece em situações de imobilidade como posicionamento de gessos e talas, acamado por doenças neurológicas ou pós operatórios e até mesmo situações em que ficamos muito tempo parados, como viagens longas de avião.
Lesões endoteliais (revestimento interno dos vasos sanguíneos) acontecem principalmente por conta de injeção de medicações, implante de catéteres ou cirurgias nos vasos sanguíneos.
A principal complicação, e mais temida, da TVP é a embolia pulmonar, que consiste na migração de uma parte do coágulo para a circulação, com consequente entupimento de vasos sanguíneos que irrigam o pulmão ou parte dele, podendo levar até a morte.
Os sintomas são geralmente dor e inchaço da perna (mais comum de um único lado) que limitam a movimentação; diagnóstico deve ser realizado por um cirurgião vascular com urgência, tanto com exames clínicos como complementares.
O tratamento deve ser imediato com uso de anticoagulantes e, em alguns raros casos, procedimentos cirúrgicos.
Essa doença se caracteriza por inchaço dos membros inferiores (edema) devido a problemas com a circulação dos vasos linfáticos. Eles não participam ativamente da circulação do sangue, mas são responsáveis por captar os líquidos que acumulamos pelo corpo e devolvê-los à ela.
O linfedema pode ser classificado em primário e secundário. O primário ocorre devido a doenças genéticas, sendo evento raro na população, com início normalmente entre os 20 e 30 anos de idade. O secundário (mais comum) surge após lesões nos vasos linfáticos ao longo da vida como infecções, câncer e cirurgias.
Os sintomas são inchaço e peso nas pernas ou braços. Essa condição predispõe o paciente à quadros de infecção de pele no membro acometido, o que acarreta em um ciclo de reptição e piora do quadro.
O diagnóstico normalmente é clinico, mas possui exames complementares para auxiliar no diagnóstico, como a linfocintilografia.
O tratamento é predominantemente realizado com uso de meias elásticas, fisioterapia e medicações.
Aneurisma arterial se caracteriza por aumento em diâmetro em 50% do normal. Pode acontecer em qualaquer artéria do corpo, mas possui como local mais comum a Aorta Adominal.
As causas ainda são fruto de pesquisas, mas os fatores que mais se associam com o surgimento dos mesmos são genéticos e tabagismo.
Normalmente não apresentam sintomas, devendo ser descobertos através de consultas de check-up com o cirurgião vascular. Pode se apresentar com aumento de volume onde acometer, como massa abdominal pulsátil se tiver a aorta como alvo. O seu diagnóstico é importante devido à principal complicação ser a ruptura da artéria podendo levar à morte devido a sangramento abundante e repentino.
O tratamento, a depender do tamanho (quanto maior o tamanho, maior o risco de ruptura), deve ser cirúrgico com intuito de previnir as complicações.